segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dicas de como fazer Histórias em Quadrinhos

1- Elabore um roteiro: coloque no papel como será a história toda, incluindo personagens e suas falas.

2- Faça as contas: calcule quantos quadrinhos sua história inteira vai ter. Aí tente descobrir de quantas páginas ela precisa. Por exemplo, se forem 12 quadrinhos, você pode colocar em 2 páginas, com 6 quadrinhos cada uma.

3- Pense na digramação: "diagramar" é decidir a forma e o tamanho dos quadrinhos, lembrando que um pode ser o dobro dos outros e ocupar uma tira inteira.

4- Invente os personagens: Qualquer coisa que existe pode virar um personagem. Basta um par de olhos, duas pernas ou qualquer característica para "animar" algo que não tem vida. Se preferir, pode fazer colagem ao invés de desenhar.

5- Comece pelos balões dos personagens: só depois faça os desenhos. Geralmente, a gente se empolga com o cenário, os personagens, e depois não cabem mais os balões. Fica tudo encolhido e ninguém consegue ler direito.

6- Use apenas letras MAIÚSCULAS: Capriche bem nas letras para ficarem mais ou menos do mesmo tamanho. Você pode destacar palavras importantes ou gritos com cores mais fortes. Escreva as letras antes de fazer o balão em torno.

7- Capriche no desfecho: O final é muito importante. É o desfecho do seu trabalho. Imagine que todo leitor gosta de uma surpresa no final. Coloque a palavra "fim" no último quadrinho.

8- Não esqueça do título: Quando souber como será sua história, invente um título para ela. Lembre-se de deixar espaço no início da primeira página.

9- Não complique!: Se a cena for complicada demais pra desenhar, pense em outra. Sempre há uma solução mais simples. Se a frase for comprida demais, tente cortar o que não faz falta.

10- Faça a lápis primeiro: assim dá pra mudar algo errado, diminuir o texto, entre outras coisas.

Estas dicas ajudam a criar uma História em Quadrinhos básica, voltada para alunos do Ensino Fundamental e Médio.

Fonte: http://www.historiadigital.org

Vídeo: Dicas para criar Histórias em Quadrinhos




Fonte: www.youtube.com/

Onomatopeias

             Onomatopeias fora dos balões

Onomatopeias dentro dos balões


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

As Histórias em Quadrinhos na Educação: Possibilidades de um Recurso Didático-Pedagógico

A importância das Histórias em Quadrinhos inseridas na sala de aula como recurso didático-pedagógico e refletir sobre o seu uso em oficinas e minicursos realizados com este tema na Universidade Federal de Uberlândia. Os objetivos propostos inicialmente foram analisar a importância e os benefícios que este meio de comunicação de massa pode trazer para a educação, ao serem inseridos como instrumento pedagógico na escola e na universidade. Este estudo pretende ainda compreender a relação que esta forma de arte tem no processo educativo e de ensino e aprendizagem da criança, auxiliando a aqueles que ainda não sabem ler ou escrever corretamente, ou seja, as histórias em quadrinhos são mecanismos fundamentais e não prejudiciais para o processo de  ensino e aprendizagem do aluno.

Desde a antiguidade, a arte ocupa papel relevante na vida das pessoas e na sociedade em geral, como modo de manifestação artística e de comunicação, além de interagirem estes indivíduos com o meio social em que estão inseridos, proporcionando-lhes experiências individuais e coletivas das mais diversas, importantes e 
necessárias para essa socialização do ser humano com a sociedade. A arte é tão importante para a vida das pessoas, que Barbosa (1991, p. 27) é sucinta em suas palavras ao nos dizer que “[...] se a arte não fosse importante não existiria desde  o tempo das cavernas, resistindo a todas as tentativas de menosprezo”.
Sabe-se que esta antiga forma de arte e de expressão já existia desde pinturas ou desenhos realizados pelo homem pré-histórico, que representavam imagens de animais caçados ou abatidos  por este e, que ao longo de nossa história, foram sendo veiculadas de diversas formas e disseminando informações das mais diferentes maneiras, resultando em imagens bíblicas, de impressos literários, publicitários e escolares, até chegar à forma de tiras em jornais e revistas de histórias em quadrinhos, que acabaram se tornando grandes veículos de 
comunicação popular em todo o mundo.


Fonte: http://www.mel.ileel.ufu.br/

Importância das Histórias em Quadrinhos para crianças

As histórias em quadrinhos, pelas suas peculiaridades, colaboram na alfabetização, pelo fato de, dirigir indicações que remontam a significados, mesmo sem o conhecimento da palavra escrita.

Pela maneira como é demonstrado o ocorrido no quadrinho é permitido identificar o sentido e, se alguma palavra foi destacada, ela fica registrada, provavelmente, na mente da criança.

As onomatopéias servem para diagnosticar sons e, também, permitem o conhecimento das letras do alfabeto. É mais simples ler um som do que uma palavra no início da alfabetização.

É possível "ler" uma história em quadrinhos através das marcas de sons, pela apresentação dos balões, etc. Por exemplo, se o balão possui uma seqüência de bolinhas na direção do personagem, este está apenas pensando.

A criação de histórinhas é algo que estimula a criatividade, além de ser um trabalho muito prazeroso.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

História em Quadrinhos no Brasil


"Zé Caipora" de 1886.

As histórias em quadrinhos começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. Mas, apesar do país contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses. Atualmente, o estilo comics dossuper-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comicsalguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men eMike Deodato que desenhou ThorMulher Maravilha e outros).
A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 1960 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.

História: Primeiros Quadrinhos

Primeira charge no Brasil (1837).


Angelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos brasileiros.


Logotipo da revista O Tico-Tico (criada em 1905).


Os quadrinhos no Brasil possuem uma longa história, que remonta ao século XIX. Como charge, circulou o primeiro desenho em 1837, vendida em separado como uma litografia, de autoria de Manuel de Araújo Porto-alegre. Esse autor depois criaria uma revista de humor político em 1844. Angelo Agostini continuou a tradição de introduzir desenhos com temas de sátira política e social nas publicações jornalísticas e populares brasileiras. Entre seus personagens populares desenhados como protagonistas de histórias em quadrinhos propriamente ditas estavam o "Zé Caipora" e Nhô-Quin" (1869). Em 1905 surgiu a revista O Tico Tico, considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil, com trabalhos de artistas nacionais como J. Carlos, primeiro brasileiro a desenhar um personagem Disney (Mickey Mouse).
A partir dos anos 1930, houve uma retomada dos quadrinhos nacionais, com os artistas brasileiros trabalhando sob a influência estrangeira, como a produção de tiras de super-heróis (com a publicação de A Garra Cinzenta em 1937 no suplemento A Gazetinha) e de terror, a partir da década de 1940, com os jornais investindo nos chamados "suplementos juvenis", ideia trazida da imprensa americana (que lançou as sessões de tiras dominicais) por Adolfo Aizen. Em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.
Continuando com a tradição dos cartuns e charges, se destacaria o cartunista Belmonte, criador do Juca Pato. Em 1942 surgiu o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalística O Cruzeiro.
No início dos anos 1950, novos quadrinistas brasileiros que iam aparecendo não conseguiram trabalhar com personagens próprios em função da resistência dos editores. Álvaro de Moya produziu capas de o Pato Donald para a Editora Abril, muitas vezes sem ser creditado. Vários artista brasileiros e estrangeiros passaram a receber os devidos créditos após a criação do site Inducks. Há ainda o desenho deGutemberg Monteiro, que foi trabalhar no mercado americano, ilustrando com muito sucesso os quadrinhos de Tom & Jerry.
Em 1952, a Editora Abril adotou o formatinho, dimensões menores do que as revistas estrangeiras e que gradualmente se tornou o formato padrão em publicações brasileiras de histórias em quadrinhos.
Foi no formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, no fim de 1959. O cãozinho Bidufoi o primeiro personagem da Turma que, além das tiras de jornal, teve uma revista publicada pela Editora Continental. A Turma da Mônica começou a ser publicada pela Editora Abril em 1970, depois em (1987) pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini. Recentemente foi lançado Turma da Mônica Jovem - versão adolescente da Turma em estilo mangá.